quarta-feira, 31 de julho de 2019

Gratidão ao tempo

Em cada forma de perceber movimentos e transformações ao que é possível apreciar com a força do coração e a energia trabalhada em paz, ergue_se em sintonia com a gratidão... o amor pela vida. Caminho escolhido em compaixão, clareza de sentimentos e plenitude do Ser. Vibrando tudo quanto o aprendizado permite, faz um melhor caminhar e já elaborado realça o brilho que abençoa um novo dia.
Quando o tempo já é outro e logo mais adiante a alegre sintonia abraça novas tarefas, novos planos e um encontro legitimo da Alma com a beleza da existência.
O Universo gira e transmite ao interior outro gigante Universo em gratidão ao presente tempo de acolher e disponibilizar energia e luz.
Tenhamos muita vida e nela o intuito de conectar muita luz, a todos.
Namasté.


sexta-feira, 26 de julho de 2019

Fênix

A história por trás da lendária Fênix


A fênix ou fénix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Podendo se transformar em uma ave de fogo.


Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fénix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fénix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
Origem na mitologia egípcia








Os gregos parecem ter se baseado em Bennu, da mitologia egípcia, representado na forma de uma ave acinzentada semelhante à garça, hoje extinta, que habitava o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voava a Heliópolis, pousava sobre a pira do Deus Rá, ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas.
Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C., afirmou que a fênix vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97.200 anos.
De forma semelhante a Bennu, quando a ave sentia a morte se aproximar, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípcia de Heliópolis, onde os colocava no Altar do Sol.
Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O imperador romano Heliogábalo (204-222 d. C.) decidiu comer carne de fénix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fénix, mas foi assassinado pouco tempo depois.


Atualmente os estudiosos creem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fénix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.
Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a.C.. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erroneamente designado por fénix (phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.
A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca têm fim.
Para os gregos, a fénix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Há um paralelo da fénix com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza.
Os egípcios a tinham por “Bennu” e estava relacionada a estrela “Sótis”, ou estrela de cinco pontas, estrela flamejante, que é pintada ao seu lado.
A parte chinesa da história





Na China antiga a fénix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas. Roxo, Azul, Vermelha, Branco e Dourado.
No início da era cristã esta ave fabulosa foi símbolo do renascimento e da ressurreição. Neste sentido, ela simboliza o Cristo ou o Iniciado, recebendo uma segunda vida, em troca daquela que sacrificou.
No Acidente na mina San José em 2010, a cápsula que estava retirando um por um dos 33 mineiros foi chamada de Fênix, porquê o resgate deles a uma profundidade muito funda de terra lembra a ressureição da ave mítica das cinzas.
Citações famosas

“Existe outro pássaro sagrado, também, cujo nome é fénix. Eu mesmo nunca o vi, apenas figuras dele. O pássaro raramente vem ao Egito, uma vez a cada cinco séculos, como diz o povo de Heliópolis. É dito que a fénix vem quando seu pai morre. Se o retrato mostra verdadeiramente seu tamanho e aparência, sua plumagem é em parte dourado e em parte vermelho. É parecido com uma águia em sua forma e tamanho. O que dizem que este pássaro é capaz de fazer é incrível para mim. Voa da Arábia para o templo de Hélio (o Sol), dizem, ele encerra seu pai em um ovo de mirra e enterra-o no templo de Hélio. Isto é como dizem: primeiramente molda um ovo de mirra tão pesado quanto pode carregar, então abre cavidades no ovo e coloca os restos de seu pai nele, selando o ovo. E dizem, ele encerra o ovo no templo do Sol no Egito. Isto é o que se diz que este pássaro faz.” – Heródoto


“E a fénix, ele disse, é o pássaro que visita o Egito a cada cinco séculos, mas no resto do tempo ela voa até a Índia; e lá podem ser visto os raios de luz solar que brilham como ouro, em tamanho e aparência assemelha-se a uma águia; e senta-se em um ninho; que é feito por ele nas primaveras do Nilo. A história do Aigyptos sobre ele é testificada pelos indianos também, mas os últimos adicionam um toque a história, que a fénix enquanto é consumida pelo fogo em seu ninho canta canções de funeral para si” – Apolônio de Tiana.


“Estas criaturas (outras raças de pássaros) todas descendem de seus primeiros, de outros de seu tipo. Mas um sozinho, um pássaro, renova e renasce dele mesmo – a Fénix da Assíria, que se alimenta não de sementes ou folhas verdes mas de óleos de Bálsamo e gotas de olíbano. Este pássaro, quando os cinco longos séculos de vida já se passaram, cria um ninho em uma palmeira elevada; e as linhas do ninho com cássia, mirra dourados e pedaços de canela, estabelecida lá, inflama-se, rodeada de perfumes, termina a extensão de sua vida. Então do corpo de seu pai renasce uma pequena Fénix, como se diz, para viver os mesmos longos anos. Quando o tempo reconstrói sua força ao poder de suportar seu próprio peso, levanta o ninho – o ninho que é berço seu e túmulo de seu pai – como imposição do amor e do dever, dessa palma alta e carrega-o através dos céus até alcançar a grande cidade do Sol (Heliópolis, no Egito), e perante as portas do sagrado templo do Sol, sepulta-o” – Ovídio.


“Seus braços viraram longas asas vermelhas com umas penas douradas no interior, seu corpo mudou para algo indefinido, como se não houvesse vértebra. Uma enorme cauda cheia de penas vermelhas e douradas começa a encher o salão. Era uma criatura de proporções gigantescas, quase não cabendo no salão.”– Clayton De La Vie.
A Fênix entre os persas





O poeta persa sufista Farid al-Din Attar, no livro A Conferência dos Pássaros, de 1177, descreve a fênix:

“Na Índia vive um pássaro que é único: a encantadora fênix tem um bico extraordinariamente longo e muito duro, perfurado com uma centena de orifícios, como uma flauta. Não tem fêmea, vive isolada e seu reinado é absoluto. Cada abertura em seu bico produz um som diferente, e cada um desses sons revela um segredo particular, sutil e profundo.
Quando ela faz ouvir essas notas plangentes, os pássaros e os peixes agitam-se, as bestas mais ferozes entram em êxtase; depois todos silenciam. Foi desse canto que um sábio aprendeu a ciência da música. A fênix vive cerca de mil anos e conhece de antemão a hora de sua morte. Quando ela sente aproximar-se o momento de retirar o seu coração do mundo, e todos os indícios lhe confirmam que deve partir, constrói uma pira reunindo ao redor de si lenha e folhas de palmeira.

Em meio a essas folhas entoa tristes melodias, e cada nota lamentosa que emite é uma evidência de sua alma imaculada. Enquanto canta, a amarga dor da morte penetra seu íntimo e ela treme como uma folha. Todos os pássaros e animais são atraídos por seu canto, que soa agora como as trombetas do Último Dia; todos aproximam-se para assistir ao espetáculo de sua morte, e, por seu exemplo, cada um deles determina-se a deixar o mundo para trás e resigna-se a morrer. De fato, nesse dia um grande número de animais morre com o coração ensanguentado diante da fênix, por causa da tristeza de que a veem presa.


É um dia extraordinário: alguns soluçam em simpatia, outros perdem os sentidos, outros ainda morrem ao ouvir seu lamento apaixonado. Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste movimento produz-se um fogo que transforma seu estado. Este fogo espalha-se rapidamente para folhagens e madeira, que ardem agradavelmente. Breve, madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e então cinzas. Porém, quando a pira foi consumida e a última centelha se extingue, uma pequena fênix desperta do leito de cinzas.
Aconteceu alguma vez a alguém deste mundo renascer depois da morte? Mesmo que te fosse concedida uma vida tão longa quanto a da fênix, terias de morrer quando a medida de tua vida fosse preenchida. A fênix permaneceu por mil anos completamente só, no lamento e na dor, sem companheira nem progenitora.

Não contraiu laços com ninguém neste mundo, nenhuma criança alegrou sua idade e, ao final de sua vida, quando teve de deixar de existir, lançou suas cinzas ao vento, a fim de que saibas que ninguém pode escapar à morte, não importa que astúcia empregue. Em todo o mundo não há ninguém que não morra. Sabe, pelo milagre da fênix, que ninguém tem abrigo contra a morte. Ainda que a morte seja dura e tirânica, é preciso conviver com ela, e embora muitas provações caiam sobre nós, a morte permanece a mais dura prova que o Caminho nos exigirá”.
Fênix na cultura popular
Fênix são vistas na série As Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis.
Fawkes, é uma fênix de estimação de Alvo Dumbledore na série Harry Potter de J. K. Rowling.
A fênix é representada como um bruxo que tem uma mutação genética na saga de fantasia Seres do Além de Clayton De La Vie[5].
Fênix é uma das unidades usáveis no jogo Age of Mythology.
Sidtri, é uma mascote do jogo Grand Chase que se assemelha à uma Fênix.
No anime “Os Cavaleiros do Zodíaco”, Ikki é o cavaleiro que usa a armadura de bronze de fênix.
Em Megaman X6, Blaze Heatnix é um maverick em forma de fênix.
Phoenix é o nome de uma habilidade de summoner em alguns jogos da série Final Fantasy.
Em Castlevania – Curse of Darkness, existe um Innocent Devil (invocações que auxiliam os “Devil Forge Masters” Hector e Isaac), que é uma fênix.
No jogo Sonic Unleashed, uma fênix dominada pelo poder de Dark Gaia é um dos bosses.
Em X-Men Jean Grey ou Fênix e também garota Marvel é uma personagem das histórias em quadrinhos do Universo Marvel, produzidos pela Marvel Comics.
Na animação da Disney, Fantasia 2000, o pássaro de fogo aparece na última cena com a composição A Sagração da Primavera do Ígor Stravinski.
É um personagem jogável no jogo Dota 2.





Uma fênix é protagonista da novela “A Princesa da Babilónia” de Voltaire. Voltaire faz a seguinte descrição desta ave fabulosa:


“Era do talhe de uma águia, mas os seus olhos eram tão suaves e ternos quanto os da águia são altivos e ameaçadores. Seu bico era cor-de-rosa e parecia ter algo da linda boca de Formosante. Seu pescoço reunia todas as cores do arco-íris, porém mais vivas e brilhantes. Em nuanças infinitas, brilhava-lhe o ouro na plumagem. Seus pés pareciam uma mescla de prata e púrpura; e a cauda dos belos pássaros que atrelaram depois ao carro de Juno não tinham comparação com a sua.”


https://ahduvido.com.br/historia-por-tras-da-lendaria-fenix







A CONSTRUÇÃO DAS pirâmides estava ligada ao culto do deus . Os obeliscos, por sua vez, também eram objetos do culto daquela divindade. Heliópolis era o maior centro teológico dos primórdios do Egito antigo. Lá estava localizado o principal templo de Rá, deus que representa o Sol no auge do seu esplendor e que nos tempos mais primitivos recebia o nome de Atum. Os Textos das Pirâmides, a maior coleção de textos religiosos descoberos pelos arqueólogos, foram escritos, na sua maior parte, pelos sacerdotes heliopolitanos. Segundo a cosmogonia de Heliópolis, esse deus criador — Atum — surgiu como uma grande colina que emergiu do Oceano Primordial.







SEMELHANTE IDÉIA — escreve T. Rundle Clark, professor de História Antiga da Universidade de Birmingham — podia facilmente ser derivada dos montes de terra que todo ano emergiam das águas quando a enchente do Nilo baixava. Logo as ervas daninhas brotavam nos pequenos outeiros enlameados e fervilhavam de insetos e vida animal. A própria terra parecia ser a fonte de miríades de novas criaturas. Como as águas se encontravam em absoluta escuridão, a emersão do deus significava o aparecimento da luz, a primeira manhã. Para os heliopolitanos — prossegue Clark —, a manhã era simbolizada pelo brilho da luz sobre um pilar ereto, ou um topo de pirâmide apoiado em uma base refletindo os raios do Sol nascente. No início um pássaro de luz, a Fênix, pousara no suporte sagrado, conhecido como Benben, a fim de começar a grande era do deus visível. A elevação da colina e o aparecimento da Fênix não são acontecimentos consecutivos, mas atos paralelos, dois aspectos do supremo momento criador. No entendimento dos egípcios, essa aparição original da divindade não foi única, mas, num certo sentido, repetia-se a cada alvorecer. Também se repetia quando a alma renascia após a morte. A cerimônia de entronização dos reis, por sua vez, partia do princípio de que os ritos solenes eram, de certo modo, um retorno aos eventos originais da criação. O templo que guardava a pedra Benben era o local onde se repetiam de forma cerimonial os mistérios da criação.







OUTRA VERSÃO HELIOPOLITANA da origem da Fênix nos conta que Geb, o deus terra, e Nut, a deusa céu, produziram o Grande Ovo do qual se originou o deus-Sol na forma daquele pássaro. Em síntese a Fênix, conhecida dos egípcios como Ave Benu, era uma das formas primitivas do Deus Supremo. É, essencialmente, um aspecto de Deus e não uma divindade menor. É a primeira e mais profunda manifestação da alma do Deus Supremo. Associada à criação do mundo, quando a Fênix deu seu primeiro grito, iniciou os ciclos do tempo e, portanto, seu templo em Heliópolis tornou-se centro regulador do calendário. Sendo um arauto de cada nova revelação divina, tornou-se um portador de bons agouros. Era ainda uma síntese das principais formas de vida, um símbolo que incluía todos os outros. Durante o Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) a Ave Benu torna-se a "alma" de Osíris e símbolo do planeta Vênus, a estrela da manhã que precede o Sol vindo do mundo inferior e anuncia um novo dia.







UM OUTRO ENTENDIMENTO da origem da vida afirmava que a essência vital, chamada de Hiquê, era trazida de uma terra mágica e distante, conhecida como Ilha de Fogo. Esse era um lugar além dos limites do mundo, de luz duradoura, onde os deuses nasciam ou reviviam e de onde eram enviados ao nosso mundo. A Fênix era o principal mensageiro dessa terra inacessível dos deuses. Assim, a Fênix veio do longínquo mundo da vida eterna, trazendo a mensagem da luz e da vida que se encontrava antes engolfada no desamparo da noite primeva. Ao terminar seu vôo desceu em Heliópolis, centro simbólico da Terra, onde anunciou a nova era.














https://www.fascinioegito.sh06.com/fenix.htm